terça-feira, 12 de novembro de 2013

A Última Resposta - Isaac Asimov

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Murray Templeton tinha 45 anos de idade; estava na plenitude de sua vida e com todas as partes do
seu corpo funcionando com perfeição... exceto alguns trechos vitais de suas artérias coronárias.
Isso no entanto, foi o suficiente. A dor veio repentinamente, chegou a um ponto insuportável e, aos
poucos, foi diminuindo. Ele podia sentir a respiração parando. Uma deliciosa sensação de paz o inundou.
Não há nada mais agradável do que a ausência de dor - imediatamente depois da dor. Ele sentiu uma
alegria vertiginosa, como se tivesse levitado e estivesse pairando no ar.



Abriu os olhos e percebeu, com uma discreta alegria, que os outros ainda estavam agitados. Estava no
laboratório quando a dor o abateu sem nenhum aviso; ao cambalear ouviu os outros gritando surpresos.
Depois tudo deu lugar a uma agonia avassaladora.
Agora que a dor tinha passado os outros ainda estavam inquietos, ansiosos e reunidos em torno do seu
corpo caído...
Repentinamente, ele percebeu que estava olhando a cena, lá do alto. Seu corpo estava lá embaixo,
estirado no chão, com o rosto contorcido. Ele estava aqui em cima, observando em paz.
Pensou: milagre dos milagres! As besteiras sobre a vida eterna estavam certas.



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