quinta-feira, 25 de novembro de 2021

A Sala do Esquecimento (Masmorra)

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 A Masmorra (quarto do esquecimento) era uma punição em que o prisioneiro era largado e muitas vezes não recebia comida e bebida. Diversos tamanhos e modelos existiram, mas muitas vezes o prisioneiro não tinha espaço nem para se sentar no chão, sendo obrigado (torturado) a ficar em posições não confortáveis. Sendo a masmorra um buraco no chão sem que o prisioneiro tivesse alcance até sua abertura.

 

Diagrama de uma masmorra grande

 

 

A entrada da Masmorra do castelo de Warwick na Inglaterra.


segunda-feira, 27 de abril de 2020

Os 5 R's do consumo consciente

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Quando pensamos em consumo consciente, uma das primeiras coisas que vem a nossa cabeça é a reciclagem do nosso lixo. Porém a reciclagem é um dos últimos itens da lista ao qual devemos recorrer. Os "5 R's" originam de suas palavras do inglês conforme abaixo.


A tradução ficaria em:
  • Recusar
  • Reduzir
  • Reutilizar
  • Reciclar
  • Decompor/Apodrecer
Utilizando a lista, podemos dar como exemplo nossa cozinha em casa. De maneira constante, devemos evitar e recusar trazer coisas para dentro de casa a fim de evitar a geração de lixo, assim já evitamos a necessidade de reciclá-los no futuro. Em seguida, analisamos todos os itens descartáveis. Papeis toalha, sacolas plásticas, etc que podemos reduzir dentro de nossa casa.

O que podemos substituir por itens não descartáveis? Os papeis toalha podem ser trocados por panos e trapos. Ainda é possível analisar como podemos reutilizar itens já existentes para evitar a aquisição de mais bens. Como por exemplo utilizar uma camiseta velha para fazer trapos.

Todos os itens que possuímos em casa devem ser dados destinos subsequentes, dando preferência à reutilização ou doação para outro fim ou então a reciclagem correta. Ainda temos todo o "lixo" orgânico produzido em nossa casa que deve ser descartado da maneira correta, sendo a mais viável e benéfica a compostagem através da decomposição da matéria orgânica para produção de solo saudável para a produção de plantas.

Mais informações: use the five rs to do a waste audit do site de Jane Goodall.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

"Quando foi a última vez que você se sentiu bem quando tentaram mudar à força sua forma de pensar?"

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Com esta pergunta, Paul Hawken indica uma nova forma de lidar com a mudança climática. Não devemos forçar ideias e mudanças nos hábitos das pessoas. Não devemos culpar pessoas. Não devemos utilizar uma linguagem simples.

No vídeo abaixo, Paul Hawken explica de forma simples como o projeto Drawdown coloca a mudança climática e a ação dos indivíduos sob uma nova ótica.

Paul Hawken utiliza como exemplo, o que pensa uma mulher solteira, com dois filhos, trabalhando em dois empregos para se sustentar ao ser cobrada, questionada sobre suas emissões de carbono, estabilização, mitigação dos gases do efeito estufa? Não é uma linguagem prática.

As soluções normalmente utilizadas são intrinsecamente ligadas à grandes corporações e à redução de seus lucros e cessão de suas atividades. Isto é certeza de que não acontecerá com nossa estrutura sócio-político-econômica. Soluções apresentadas para os indivíduos também são ineficientes, trocar as lâmpadas, dirigir menos, tomar banhos mais curtos... Isto tudo não têm efeito real.

O aquecimento global, segundo Paul Hawken, é uma bênção. É um feedback sobre nosso sistema e podemos aprender e agir com base nele. Assim como no colégio ou em uma empresa o feedback se ignorado leva ao fracasso, expulsão do colégio, repetição do ano, demissão, etc.

Paul Hawken é fundador do projeto Drawdown que elaborou diversas soluções não tradicionais para reverter a mudança climática. Abaixo, reproduzo algumas das que possuem o maior impacto:

Saúde e Educação:
Nesta área, os autores resumem as melhores ações em Educar Garotas e Planejamento Familiar. A reprodução não planejada afeta diretamente a mudança climática, colocando mais responsabilidades na mão de mulheres que precisam abrir mão de seus sonhos por conta da falta de acesso a formas de contracepção e igualdade na sociedade no que tange escolher o momento de ter, ou não, filhos. A educação de garotas impacta diretamente o planejamento familiar, permitindo que mulheres se empoderem. Mulheres com maior acesso à educação têm menos filhos e estes são mais saudáveis.

Reduzir o desperdício de alimentos:
Um terço de todo alimento do mundo nunca é comido. Isto significa que terra e recursos são utilizados e contribuem para a mudança climática de forma desnecessária. A manutenção da estrutura para armazenar alimentos, mudanças a nível de produção e distribuição e a intervenção de governos para reduzir o desperdício podem ajudar na redução de emissões bem como auxiliar na demanda de alimentos em todo o globo evitando que pessoas fiquem sem algo que é atualmente produzido em excesso.

Dietas ricas em vegetais:
Uma área bastante óbvia mas imensamente ignorada por diversos grupos ambientalistas é o aumento do consumo de dietas ricas em vegetais. Um quinto das emissões globais vem da dieta ocidental centralizada no consumo de carne. Dietas focadas em plantas são mais limpas para o meio ambiente e costumam ser mais saudáveis. Se o gado do mundo fosse uma nação, seriam a terceira maior causadora de emissões causadoras da mudança climática.

Administração e manuseio de refrigeradores:
Aqui, fala-se sobre o destino correto e redução do uso de geladeiras e máquinas de ar-condicionado. Na década de 80 o protocolo de Montreal baniu o uso de gases HFC, maiores causadores de buraco na camada de ozônio, porém o seu substituto, apesar de não afetar a camada de ozônio, é um grande causador do aumento de temperatura da atmosfera. O correto uso, em especial em seu fim de vida, é essencial para evitar que estes gases sejam liberados na atmosfera. Existem alternativas para sua reutilização ou transformação em outros subprodutos que não possuem o mesmo impacto.

Restauração de florestas tropicais:
Nas últimas décadas as florestas tropicais sofreram grande degradação. Permitir a restauração das florestas tropicais pode ajudar a "sequestrar" uma grande parcela do co² (dióxido de carbono) produzida todos os anos. O ressurgimento das florestas permite a retomada de interações da fauna e da flora que recriam e reforçam diferentes papeis importantes para o sustento da vida na terra; o ciclo da água, conservação do solo, proteção do habitat, etc.

Mais informações sobre Paul Hawken podem ser encontradas em seu site.

Mais informações sobre o projeto Drawdown.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Global ou local?

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Mais um vídeo da série "The Inspiration Journey". Este com falas do autor dos livros "Sapiens", "Homodeus" e "21 lições para o século 21", Yuval Noah Harari. Neste vídeo o autor fala sobre como a humanidade precisa de uma história, uma narrativa, para dar sentido ao mundo e como perdemos nossa história recentemente.


 
A história recente diz que a economia está sendo globalizada e a política sendo liberalizada e tudo dará certo. Teremos o paraíso na terra. Com as crises econômicas em 2016 uma grande porção do globo deixou de acreditar nesta história, nesta narrativa. E quando não temos uma narrativa, fica difícil de entender o que está acontecendo.

Para conseguir entender o mundo precisamos criar uma nova narrativa. Na narrativa anterior a divisão era entre esquerda e direita, porém agora a ideia principal fica entre global vs. local. Provavelmente precisamos de novos modelos políticos e de modo de pensar para dar sentido à narrativa. Possuímos uma economia e ecologia global, mas entramos em uma era que reforça a política nacional. A política nacional não faz sentido em um mundo globalizado.

Para enfrentar os novos desafios econômicos e ecológicos precisamos de um nível de  comprometimento superior ao nacional. Precisamos de um comprometimento global. E este tipo de comprometimento pode parecer difícil, mas nunca impossível. É um desafio que a humanidade precisa superar.

O autor elabora que a humanidade possuí uma facilidade maior em olhar para trás do que para a frente quando confrontada com desafios. Possuímos a Rússia retornando a um modelo Czarista com Putin, Brasil e Estados Unidos focando em ideias nacionalistas ultrapassadas com Bolsonaro e Trump, etc. É uma ideia que dificilmente funcionará, tendo em vista que o mundo nunca foi tão globalizado economicamente e nunca tivemos noção do quão global é a situação ambiental, mas dá a noção de que é mais fácil retornar à última posição de conforto e segurança (quando nossa nação foi grande, ou pelo menos imaginamos que foi) do que pensar em um novo modelo.

Não estamos mais em um momento em que o nacionalismo funciona. Todos os grandes problemas do mundo hoje são globais (ecológicos, tecnológicos, etc). Vivemos todos em um mesmo planeta que está ameaçado pelas nossas ações. Se não possuirmos um sistema político global de cooperação, não conseguiremos resolver estes problemas com nacionalismo. Os problemas ecológicos são exemplos mais fáceis e conhecidos, contudo a ruptura tecnológica que tirará milhões de empregos do mercado impactará todas as nações e não é em um nível nacional que resolveremos esta situação.

Como membros da espécie Homo Sapiens, somos dependentes do sistema ecológico global, pois ele está interconectado com todos os subsistemas. Ao mesmo tempo, nossa natureza social como Homo Sapiens nos limita a uma capacidade de no máximo 150 indivíduos de intimidade. Este é o desafio, criarmos uma rede global de cooperação para a permanência de nossa espécie no globo sem destruí-lo.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Terra Mãe

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Este vídeo faz parte de uma série chamada "The Inspiration Journey" (A Jornada da Inspiração) que é composta por diversos vídeos que são agregados/trechos de palestras e entrevistas já realizados por autores que abordam assuntos relacionados à biologia, economia, filosofia, sociedade, entre outros assuntos de meu interesse.

No vídeo Terra Mãe, que utiliza falas de Jane Goodall, o assunto abordado é a destruição do padrão da vida na terra. Ela começa falando sobre qual a importância de algum animal aparentemente "inútil" possui sobre todo o resto da biodiversidade. Na sequência aborda o quão extraordinário é o ser humano por ter enviado para o planeta Marte um robô e o quanto isto, poucos anos atrás era apenas imaginado e completamente ficção científica. Porém contra-argumenta imediatamente como o ser humano, tão extraordinário, está destruindo o planeta onde vive. A descrença, insatisfação e falta de ação de jovens é levantada em com exemplos e falas inspiradoras, Jane Goodall conclui o vídeo demonstrando a necessidade de uma consciência global para que ações sejam tomadas para a preservação do planeta terra, ou como ela chama, "Mother Earth" (Terra Mãe).




"Todos e cada um de nós faz a diferença todos os dias. E nós temos uma escolha.
Que tipo de diferença é que vamos fazer?"

 Jane Goodall é uma famosa ecologista que desenvolveu estudos em especial na área da preservação dos chimpanzés a partir da década de 60 no que hoje é a Tanzânia. Hoje, seu legado é muito maior, mostrando a importância da preservação de todas as espécies e biomas, incluindo o do ser humano com um foco importantíssimo em abordar a importância que a ação do indivíduo tem. 

Para saber mais da vida e trabalho de Jane Goodall, acesse o site do instituto que leva seu nome.