domingo, 29 de abril de 2012

Universos múltiplos e questionamentos interessantes

Meu segundo texto neste blog em quase um ano de existência. Qualquer erro ou sugestão, fico feliz em ser comunicado.
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Quantas vezes nos vimos presos em um raciocínio pelo fato de estarmos fazendo a pergunta errada?

É com este questionamento que Brian Greene consegue colocar de forma simples a explicação da teoria de Universos Múltiplos, teoria das Cordas e ainda o motivo pelo qual temos tão pouca energia negra em nosso universo.

Universos Múltiplos!



A apresentação  é dividida em três partes que dão pequenas explicações de teorias que são bastante complexas.


























Parte 1 - Expansão das galáxias e energia negra.

Em 1929 o astrônomo Edwin Hubble descobriu que as galáxias estão se distanciando. Como qualquer movimento observável até então, aos poucos ele desacelera até parar caso não haja uma força (combustível) envolvida na aceleração.

Na década de 90 os astrônomos ganhadores do Prêmio Nobel de Física calcularam esta aceleração, com a ideia de saber quando que "tudo pararia", para surpresa de todos, descobriram que as galáxias estão na verdade se distanciando a uma velocidade cada vez maior. A dúvida dos astrônomos foi; qual força é esta que continua a acelerar as galáxias?

A resposta encontrada foi a da existência da Energia Negra. Foram atrás desta energia para entender melhor como ela funciona e quanto dela existe em nosso universo. Ao calcular a quantia de energia negra, mais uma dúvida surgiu; por que temos este valor em específico de energia negra ?

Dimensões extras não são tão legais quanto as imagens de MC Escher.


Parte 2 - Teoria das cordas, mais dimensões e  mais questionamentos.


O que é a teoria das cordas? O objetivo central é encontrar uma maneira de criar uma teoria física única. Baseada na existência de partículas extremamente pequenas que "vibram" (daí o nome de cordas, como em um violilno) de uma certa maneira que determina como as partículas agem (massa, energia, etc.).

A vibração destas cordas estaria ligada à forma da dimensão em que estas partículas estão inseridas. É aí que entramos na questão de dimensões extras. Estas dimensões seriam tão pequenas que apenas afetariam a vibração das cordas, que, conforme a sua posição nestas diferentes dimensões, gerariam diferentes partículas. Os cientistas passaram a procurar pelo formato específico destas dimensões extras, para que pudessem compreender muito melhor nosso universo.

Inicialmente foram gerados alguns formatos de dimensões extras que poderiam ser o formato correto. Os candidatos à possíveis formatos já chegam a bilhões. Atualmente, simplesmente não há computador ou fórmula matemática que possa encontrar o formato correto destas dimensões extras. Com este "problema", alguns físicos passaram a analisar a questão de outra maneira.

Nosso sistema solar (fora de escala).
Todas estas formas de dimensões extras podem ser válidas, mas apenas uma delas está presente em nosso universo formando assim apenas alguns tipos de partículas e uma quantidade específica de energia negra. É neste ponto da apresentação que Brian Greene diz que estivemos fazendo a pergunta errada, ele dá como exemplo o caso do astrônomo Johannes Kepler que buscou uma explicação para outro número.

Kepler gastou décadas de sua vida buscando a resposta para a pergunta; Por que a Terra está a 93 milhões de milhas (149 milhões de quilômetros) do Sol? Quando a pergunta foi feita, não se sabia da existência de outros planetas. Hoje sabemos que há outros planetas e que a raça humana está no planeta Terra simplesmente porque esta distância é a que permite a vida, mais perto e estaríamos em um habitat quente demais, mais longe e estaríamos em um habitat frio demais.

Portanto ainda não sabemos da existência de outros universos, mas podemos especular que outros formatos de dimensões extras gerariam outras quantidades de energia negra. Fazendo com que os outros possíveis universos ou se expandiriam rápido demais, não permitindo a formação de galáxias ou a expansão seria tão lenta que o possível universo entraria em colapso com sua própria massa.

Parte 3 - Provar a existência de outros universos e uma triste possibilidade.


As bases da teoria já existem, é necessária agora a sua confirmação, mas como? Uma das ferramentas já existentes é a análise da radiação cósmica. Esta radiação indica a maneira como o nosso universo se expandiu.

Radiação Cósmica

Com múltiplos universos, é de se acreditar que uma colisão entre um ou mais universos possa acontecer. Ao tirar outras "fotografias" desta radiação do nosso universo, é possível buscar alguma deformação que mostre o "machucado" causado por um possível impacto. Este impacto, ou a existência de outros universos, pode nunca ser provado, mas o vídeo nos deixa com mais um questionamento.

Como mostrado anteriormente, nosso universo está expandindo em uma aceleração positiva. A cada momento outras galáxias ficam mais distantes da nossa. Há de chegar um momento em que outras galáxias estarão se distanciando a uma velocidade tão grande e estarão tão distantes da nossa que será impossível captar qualquer imagem ou sinal delas.

Quando isto acontecer, se ainda houver alguma raça inteligente no planeta Terra (ou nos arredores do sistema solar) teremos um "retrocesso científico". Qualquer raça inteligente irá considerar que nossa galáxia é o centro, quiçá a única coisa, do universo. E então, devemos deixar uma mensagem aos futuros astrônomos sobre a verdade do universo? Será que eles acreditarão em astrônomos do passado ou em observações presentes? Será que já não estamos em algum ponto do espaço e tempo em que não mais podemos observar certos acontecimentos ou fenômenos?

Fontes:
http://briangreene.org/
http://gizmodo.com/
http:/ted.com/

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